Os boatos sobre essa possibilidade não são novos e antecedem até mesmo a chegada do console ao mercado, em novembro do ano passado. E a razão para isso é bastante simples: sem o periférico, a Microsoft passa a vender seu sistema de nova geração por apenas US$ 399, ou seja, o mesmo valor cobrado pela Sony com o PlayStation 4.
A versão sem Kinect do Xbox One chega às lojas já no próximo dia 9 de junho —não coincidentemente, a mesma data da conferência da Microsoft na E3. Além disso, em seu comunicado oficial, a empresa afirma que esse modelo será disponibilizado em todos os mercados nos quais o console já é vendido, o que significa que podemos esperar seu lançamento também no Brasil.
Entramos em contato com a companhia para verificar qual será o preço nacional e, até o momento da publicação desta notícia, não obtivemos resposta. Assim que conseguirmos algo, atualizaremos este texto.
O que isso significa?
O anúncio dessa nova versão do Xbox One gera reflexões bastante contraditórias. Por um lado, temos a excelente notícia de que o console ficará mais barato, se igualando ao preço cobrado por seu principal concorrente — o que deve tornar as disputas de vendas ainda mais acirradas nos próximos meses. Para o consumidor, trata-se de uma excelente novidade.
Por outro lado, a remoção do Kinect do kit básico do console abre margem para várias interpretações não tão positivas assim. Primeiramente, esse é um atestado de que a Microsoft simplesmente decidiu abrir mão do que era um dos grandes diferenciais do console. Desde que o sistema foi anunciado, o sensor de movimento foi apresentado como responsável por criar uma experiência única ao jogador, seja dentro dos próprios jogos ou na navegação geral. Tanto que ele era, inicialmente, uma peça obrigatória do sistema.
Abandonar o acessório não só volta a tratá-lo como um periférico de uso questionável, como ainda tira todo o valor dos jogos que realmente utilizam aquela tecnologia. Trata-se do mesmo equívoco cometido na geração passada: subestimar um produto único e com muito potencial, transformando-o em um mero extra.
Isso sem falar que se trata de um golpe e tanto nos estúdios que estavam desenvolvendo títulos voltados para o Kinect, como é o caso da própria Rare. Essa mudança de estratégia pode abalar a confiança dos produtores que apostaram no dispositivo.
Além disso, como apontei na análise do Xbox One, a dependência do controle de voz que o console tinha na hora de utilizar os menus era um sintoma do quão complicada e confusa era a interface. Sem essa simplificação, muitos jogadores podem simplesmente se irritar com a burocracia que é navegar por entre as opções — a não ser, é claro, que uma atualização futura corrija isso.
De qualquer forma, vamos esperar a conferência da Microsoft na E3 para conferir quais são seus planos para o console agora que o Kinect deixou de ser uma "parte fundamental da experiência".
Fonte: BJ
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