No dia 31 de janeiro de 1999, a Konami deu início a uma das suas maiores franquias dos últimos tempos. Naquela data, um pai se viu perdido em uma cidade tenebrosa, sem saber do paradeiro da sua filha, tendo que enfrentar inimigos assustadores e muita névoa.
A série da Konami completa 15 anos no dia de hoje e resolvemos fazer uma retrospectiva dessa que é uma das franquias mais fortes do gênero survival horror. Desde o seu primeiro game até a adaptação mais recente para o cinema, o assunto agora é Silent Hill.
O começo de tudo
Silent Hill começou a ser desenvolvido pelo Team Silent, dentro da Konami, em 1996. A ideia por trás do game veio da necessidade da empresa em produzir um título que fizesse sucesso com o público dos Estados Unidos, o que acabou refletindo na atmosfera de um filme de Hollywood que os futuros jogos teriam.
Desenvolvido por funcionários que estavam prestes a deixar a Konami, devido a desilusões e a falta de oportunidade de desenvolverem suas próprias ideias, o título começou a ser tocado sem uma direção certa. Isso fez com que os chefes da companhia começassem a perder a esperança em relação ao game, o que levou todos os envolvidos a se sentirem ainda mais isolados das outras equipes da empresa.
Mesmo assim, o Team Silent ainda tinha liberdade artística suficiente para experimentar com o título. Por causa disso, todos resolveram ignorar os planos iniciais da Konami e transformar Silent Hill em um game que mexeria com o emocional dos jogadores.
Utilizando gráficos 3D, um sistema de combate e comandos interessantes e o um homem comum no papel de personagem principal, em vez de um soldado ou policial, o game conseguiu se tornar, junto de Resident Evil, sinônimo do gênero survival horror.
Sequências e novas gerações
Com o sucesso do primeiro game, Silent Hill se tornou um nome que ficou na mente dos fãs. Qual seria o próximo passo dado pela Konami? Em 2001, foi lançado Silent Hill 2.
O título chegou ao PlayStation 2 (uma versão para o Xbox foi lançada posteriormente) e apresentava uma história que se passava 10 anos após o primeiro game. O jogo claramente utilizava o poder da nova geração, com gráficos melhorados, mas com uma atmosfera muito similar à do seu antecessor.
Com o sucesso do primeiro game, Silent Hill se tornou um nome que ficou na mente dos fãs. Qual seria o próximo passo dado pela Konami? Em 2001, foi lançado Silent Hill 2.
O título chegou ao PlayStation 2 (uma versão para o Xbox foi lançada posteriormente) e apresentava uma história que se passava 10 anos após o primeiro game. O jogo claramente utilizava o poder da nova geração, com gráficos melhorados, mas com uma atmosfera muito similar à do seu antecessor.
A série continuou em 2003, quando foi lançado Silent Hill 3, para PS2 e PCs. No controle da criança apresentada no final do primeiro game, o título viu uma evolução nos seus controles, apesar de ser bastante similar ao visto em Silent Hill 1 e 2.
Assim como aconteceu com seus antecessores, Silent Hill 3 recebeu ótimas críticas e foi bem aceito pelo público, que viu na evolução das mecânicas e história da série como algo raro nos games.
Em 2004, a Konami resolveu lançar mais um título da franquia. Silent Hill 4: The Room foi o primeiro jogo da série a não se passar na tenebrosa cidade de Silent Hill, mas sim na cidade fictícia de South Ashfield.
O game coloca o jogador no controle de Henry Townshend, que tenta a todo custo fugir de seu apartamento. Ele acaba passando por versões sombrias de seu prédio, até encontrando um serial killer pelo caminho.
Ainda nas mãos do Team Silent, o game tentou fugir da fórmula da série, apresentando um novo tipo de terror que transformava um local considerado seguro (seu quarto) em um ambiente perigoso e instável.
Silent Hill 4: The Room recebeu uma boa exposição da mídia em geral, conseguindo ser foco da CNN e do The New York Times. Mudanças na sua jogabilidade também foram recebidas como uma evolução necessária, ainda que alguns fãs e críticos tenham encontrado falhas na sua execução. Por mais que não fosse um jogo perfeito, SH4 mostrou que a série seguia firme e forte.
Outras equipes de produção e a tentativa de inovar
Em 2007, foi lançado para PlayStation 2 e PSP o game Silent Hill: Origins. O título marcou a primeira tentativa da Konami na produção de um jogo da franquia fora das mãos do Team Silent.
Silent Hill: Origins foi produzido pela Climax Studios e conta uma história que se passa antes do primeiro game, colocando o jogador no controle de um caminhoneiro em Silent Hill que salva uma garota e, logo em seguida, relembra memórias reprimidas de sua infância.
Em 2007, foi lançado para PlayStation 2 e PSP o game Silent Hill: Origins. O título marcou a primeira tentativa da Konami na produção de um jogo da franquia fora das mãos do Team Silent.
Silent Hill: Origins foi produzido pela Climax Studios e conta uma história que se passa antes do primeiro game, colocando o jogador no controle de um caminhoneiro em Silent Hill que salva uma garota e, logo em seguida, relembra memórias reprimidas de sua infância.
A mecânica do jogo é bem similar à dos títulos anteriores, podendo ser resumida em combates, exploração e solução de quebra-cabeças. Apesar de ter sido bem recebido pela crítica, vários fãs reclamaram da história previsível, além dos gráficos pobres na versão de PSP.
Tornando o lançamento de Silent Hill algo anual, a Konami lançou Silent Hill: Homecoming em 2008. O título foi o primeiro da série na nova geração, sendo lançado para PlayStation 3, Xbox 360 e PCs.
Como era de se esperar, o esquema de gameplay de Homecoming é similar ao de toda a série Silent Hill, com Alex atirando e usando ataques corporais em combates, explorando os cenários e decifrando alguns puzzles encontrados pelo caminho.
O desenvolvimento de Silent Hill: Homecoming começou em 2004 e o título foi produzido pela Double Helix Games. O jogo foi um dos únicos da série ao sofrer com censura em alguns países, devido ao conteúdo adulto e violência que a sua trama trazia.
Silent Hill: Homecoming recebeu boas notas da crítica especializada, mas ainda foi alvo de reclamações relacionadas à ocidentalização da série, mesmo ela tendo nascido tentando passar exatamente essa sensação. Alguns críticos afirmaram que Homecoming não é um jogo ruim, mas poderia fazer parte de uma franquia nova, já que não trazia nada para acrescentar à série Silent Hill.
Em 2010, a Konami tentou um reboot da série na forma de Silent Hill: Shattered Memories, lançado para Wii e, depois, portado para PSP e PlayStation 2. Novamente o jogador assumia o controle de Harry Mason, buscando sua filha na cidade de Silent Hill.
O game trazia trechos em primeira e terceira pessoa, o que fez com que ele se diferenciasse dos títulos anteriores. No seu lançamento, Shattered Memories se mostrou um hit com a crítica, que elogiou as inovações apresentadas no jogo, que ainda trazia um alto nível de terror e a mesma tensão vista nos primeiros exemplares da série.
A série continuou em Silent Hill: Downpour, lançado para PlayStation 3 e Xbox 360. O game trazia um novo personagem principal, um prisioneiro que foge e acaba em Silent Hill, tendo que enfrentar os seus perigos. Conforme avança pelas dimensões alternativas da cidade, ele desbloqueia memórias reprimidas.
Downpour recebeu críticas mistas, já que sua história era de qualidade, mas o seu sistema de combate e mecânicas eram pobres. Outro motivo pelo qual o game recebeu duras críticas está relacionado à saída de Akira Yamaoka, compositor responsável pelas (ótimas) trilhas da série, e a entrada de Daniel Licht, responsável pela trilha do seriado de TV “Dexter”.
O último game da franquia a ser lançado foi Silent Hill: Book of Memories, para o PS Vita. Realmente se mostrando uma inovação em toda a série, o título traz um modo multiplayer e elementos de RPG. Além disso, o jogo apresenta um novo esquema de câmera, com uma visão isométrica.
Downpour recebeu críticas mistas, já que sua história era de qualidade, mas o seu sistema de combate e mecânicas eram pobres. Outro motivo pelo qual o game recebeu duras críticas está relacionado à saída de Akira Yamaoka, compositor responsável pelas (ótimas) trilhas da série, e a entrada de Daniel Licht, responsável pela trilha do seriado de TV “Dexter”.
O último game da franquia a ser lançado foi Silent Hill: Book of Memories, para o PS Vita. Realmente se mostrando uma inovação em toda a série, o título traz um modo multiplayer e elementos de RPG. Além disso, o jogo apresenta um novo esquema de câmera, com uma visão isométrica.
Silent Hill fora dos games
Como aconteceu com o outro grande título do gênero survival horror, Silent Hill também recebeu adaptações para a tela grande. “Terror em Silent Hill” chegou aos cinemas em 2006 e trazia Sean Bean (da trilogia “O Senhor dos Anéis” e da série de TV “Game of Thrones”) e Radha Mitchell em uma trama baseada no primeiro jogo da franquia.
Em vez de Harry Mason, o filme coloca uma mãe em busca de sua filha na cidade de Silent Hill. O longa, dirigido por Christophe Gans (de “O Pacto dos Lobos”), é considerado por muitos como uma das melhores adaptações de games para o cinema, apesar de não ser completamente fiel à obra original.
Em 2012, foi lançada uma sequência para o filme, chamada “Silent Hill: Revelação”. Apesar de utilizar tecnologia 3D e ser levemente baseado em Silent Hill 3, o longa foi severamente criticado pela imprensa especializada e por fãs.
Atuações, história, direção e efeitos especiais foram considerados pobres e sem inspiração alguma, até mesmo para os padrões estabelecidos pelas adaptações de qualidade duvidosa de games.
Como aconteceu com o outro grande título do gênero survival horror, Silent Hill também recebeu adaptações para a tela grande. “Terror em Silent Hill” chegou aos cinemas em 2006 e trazia Sean Bean (da trilogia “O Senhor dos Anéis” e da série de TV “Game of Thrones”) e Radha Mitchell em uma trama baseada no primeiro jogo da franquia.
Em 2012, foi lançada uma sequência para o filme, chamada “Silent Hill: Revelação”. Apesar de utilizar tecnologia 3D e ser levemente baseado em Silent Hill 3, o longa foi severamente criticado pela imprensa especializada e por fãs.
Atuações, história, direção e efeitos especiais foram considerados pobres e sem inspiração alguma, até mesmo para os padrões estabelecidos pelas adaptações de qualidade duvidosa de games.
E o futuro?
Depois de Book of Memories, a franquia Silent Hill parece ter sido colocada em modo espera pela Konami, que tenta encontrar uma maneira de reapresentá-la aos fãs e um novo público. O mesmo aconteceu com outra série da empresa, Castlevania, e o seu “salvador” pode entrar em cena novamente.
Em entrevistas, o criador de Metal Gear, Hideo Kojima, mostrou interesse em produzir um game da franquia Silent Hill. É válido mencionar que ele foi o responsável pelo ressurgimento de Castlevania, produzindo Castlevania: Lords of Shadow.
Será que veremos um novo game de survival horror com a assinatura do criador do Solid Snake? Só o futuro dirá, mas algo nos indica que esses foram apenas os primeiros 15 anos em que nos aventuramos pelas ruas escuras e cheias de neblina de Silent Hill.
Depois de Book of Memories, a franquia Silent Hill parece ter sido colocada em modo espera pela Konami, que tenta encontrar uma maneira de reapresentá-la aos fãs e um novo público. O mesmo aconteceu com outra série da empresa, Castlevania, e o seu “salvador” pode entrar em cena novamente.
Em entrevistas, o criador de Metal Gear, Hideo Kojima, mostrou interesse em produzir um game da franquia Silent Hill. É válido mencionar que ele foi o responsável pelo ressurgimento de Castlevania, produzindo Castlevania: Lords of Shadow.
Será que veremos um novo game de survival horror com a assinatura do criador do Solid Snake? Só o futuro dirá, mas algo nos indica que esses foram apenas os primeiros 15 anos em que nos aventuramos pelas ruas escuras e cheias de neblina de Silent Hill.
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