Prévia – Konami prepara o melhor Metal Gear Solid de todos ~ Game Releases

6 de fev. de 2014

Prévia – Konami prepara o melhor Metal Gear Solid de todos



O tempo passa e o hype em cima de Metal Gear Solid continua firme. Provas disso são as mais de 31 milhões de cópias de todos os jogos da série vendidos desde 1987, quando a Konami lançou Metal Gear para MSX. De lá para cá já foram oito lançamentos principais, 11 versões complementares e ainda seis spinoffs, criando assim um leque amplo para os fãs do jogo de espionagem mais famoso de todos os tempos.

O próximo título da série, Metal Gear Solid 5, é composto de duas partes independentes: Ground Zeroes e The Phantom Pain. A primeira é um prólogo e se passa em 1975, nove anos antes da segunda, a história principal, ambientada em 1984. Neste game, o criador da série Hideo Kojima volta a comandar sozinho a direção do projeto — em MGS 4, esse posto foi dividido com Shuyo Murata.

Além disso, outra novidade que aumenta as expectativas em torno do futuro lançamento da Konami é a presença da Fox Engine, a mecânica de jogo criada pela Kojima Productions e que faz a sua estreia na série em MGS 5.
Uma breve introdução

O pessoal da revista GameInformer foi até Tóquio, no Japão, visitar a base de Hideo Kojima, trocar uma ideia com o lendário vice-presidente e diretor da Konami e, obviamente, colocar as mãos em uma prévia de Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes. Este prólogo é independente da história principal, apesar das histórias estarem ligadas.

Segundo a publicação, o desenvolvimento desta introdução já está praticamente completo e para fechá-la foram necessárias cerca de duas horas de jogo. Esta “fase inicial” vem sendo comparada à DEMO de Metal Gear Solid 2, que também serviu de prólogo para o jogo principal e levava mais ou menos a mesma quantidade de tempo para ser concluída.


A reportagem relata ainda que a presença de missões extras pode ampliar o tempo de jogo, dando a ele alguma rejogabilidade. Mas levando em conta a missão principal, aquela para a qual Ground Zeroes foi criado de fato, o prólogo será curto — e vale lembrar que ele será vendido separadamente.
Abraçando as tendências atuais

Quando você pensa em alguns dos jogos de ação e aventura mais badalados da atualidade, como GTA V, Dead Rising 3 e Assassin’s Creed 4, há algo de comum a todos eles: mundo aberto. Hideo Kojima entende que essa estrutura é uma tendência que não pode ser ignorada em suas criações.

O apreço de Kojima pela liberdade de movimentação de GTA V foi declarado alguns meses antes do lançamento do game da Rockstar por meio de uma série de tweets publicados em sua conta pessoal. “O novo trailer de “GTA V” foi incrível! Esse controle livre é o futuro do jogo, muito maior do que em qualquer outro lugar”, declarou o produtor na rede social.

"GTA V" new trailer was awesome! This free control is future of the game, way higher than anywhere, makes me depress as matter fact.(cont..)HIDEO_KOJIMA ✔ @HIDEO_KOJIMA_EN

A partir disso, podemos esperar um pouco mais de liberdade no controle do personagem e no modo como ele explora o cenário. Em suma, ao menos um leve toque de mundo aberto deve estar presente nas duas partes de Metal Gear Solid 5.
Viagem ao passado

Na viagem à Tóquio, a equipe da GameInformer fechou a primeira parte de MGS 5 e conta um pouco sobre a experiência. O jogo se passa logo após os acontecimentos de Peace Walker, em 1975, e começa com Snake (o Big Boss) e Kazuhira Miller chegando a uma prisão militar secreta mantida pelos Estados Unidos em território cubano chamada de Camp Omega.

Eles vão até lá em busca de Paz Ortega Andrade, que está presa no local e cujo resgate pode significar a salvação da organização Militares Sem Fronteiras (MSF), da qual ambos fazem parte. A sede da MSF, a Mother Base, está prestes a ser inspecionada pelas Nações Unidas, o que pode revelar seu poderio bélico e nuclear. Ao que tudo indica, Paz pode ajudar a evitar tal problema.

Divulgação/Konami

O interesse de dupla em Camp Omega também gira em torno de Chico, um soldado criança ligado a MSF aprisionado no local. Logo no início, o jovem recebe a visita suspeita de Skull Face, homem com rosto desfigurado apontado como comandante da XOF. Ele recebe um walkman das mãos de Skull Face e ouve a seguinte mensagem: “dê meus cumprimentos a seu Chefe quando você chegar em casa”.

É aí que Snake e Kaz revelam suas intenções ao irem até Cuba. Nesse ponto Kojima deixa no ar uma possível relação entre a XOF e os fuzileiros navais dos Estados Unidos que atuam na base caribenha.

“Há fuzileiros na base, e eles não estão necessariamente trabalhando junto da XOF”, garante. “Eles estão lá apenas porque seus superiores mandaram. Skull Face chega coma XOF e ele e seus homens estão realizando tortura e tudo mais. Os rapazes que estão originalmente na base são fuzileiros convencionais realizando obrigações de fuzileiros.”

Mas o produtor vai além e deixa a solução para esse envolvimento misterioso para o jogador. “Em condições ideais, Snake apenas iria lá e não atiraria nos fuzileiros”, avisa. “Ele apenas os colocaria para dormir, porque os caras maus são apenas os da XOF, mas isso [a decisão de matá-los ou não] fica a cargo do jogador”, finaliza o criador da franquia MGS.
The Phanton Pain

Muitos mistérios da franquia serão revelados na parte principal do jogo, conforme fica claro na fala de Kojima sobre a quantidade de vezes em que Big Boss entrou em coma. “Houve apenas uma vez que ele esteve em coma, e para explicar isso você precisa jogar The Phanton Pain até o fim”, avisa o produtor japonês.

Divulgação/Konami

No jogo, o personagem inclusive aparece com algumas novidades visuais, como uma espécie de chifre presente em sua testa e também um braço vermelho mecânico. Segundo Kojima, a presença da prótese serve para ressaltar os resultados físicos de quem sobrevive a uma guerra.

Quando volta da guerra, “você deve estar machucado, deve perder um membro, deve perder um amigo, um superior”, ressalta. “Mesmo que você volte [vivo do conflito], há alguma dor com você. Eu tento descrever isso nos meus jogos. Um jeito de fazer isso é por meio de meus personagens perdendo membros”, finaliza o criador de Snake e companhia.


Isso é MGS, afinal

Logo no começo de Ground Zeroes o jogador poderá sentir o gosto de Metal Gear Solid na hora de se infiltrar para dentro da base. Isso pode ser feito de diversas maneiras, algo relativamente comum na franquia, ficando a critério de quem está no controle optar por explodir metade do local com um RPG ou optar pela furtividade, combinando ataques letais e não letais para chegar ao objetivo.

A variedade se estende ao longo do jogo, como relata a reportagem da GameInformer. A equipe que testou o jogo ganhou quatro horas para fazê-lo, abusando de várias táticas ao longo da jogatina. “Movemo-nos com um claro entendimento dos ataques com armas, ataques corpo a corpo, sistema de mira, recursos de mapa e mais em MGS 5”, garante o editor Tim Turi.
Espionagem e tecnologia

Uso de tecnologia sempre foi tendência nas ações dos protagonistas dos jogos da saga Metal Gear, e isso não poderia ser diferente no próximo título da franquia. Dentro do jogo, um novo recurso adicionado aos binóculos de Snake torna mais efetivo o acompanhamento dos inimigos, que pode ser marcados sempre que você os visualiza pelo dispositivo.

Divulgação/Konami
Assim, eles são rastreados posteriormente, inclusive quando se aproximam de você e podem ser identificados no radar. O recurso vem ativado por padrão, mas jogadores que buscam mais desafios podem desativá-lo nas opções de jogo.
Apoio portátil e externo
A aplicação de tecnologia em MGS 5 também se estende para fora do video game: o jogo traz suporte para uma segunda tela em um dispositivo portátil com Android ou iOS. Nela, será exibido o tradicional minimapa do jogo, que sai da tela principal. Além disso, o jogador poderá escutar arquivos de áudio e ver informações sobre as missões do game.

Segundo quem já colocou as mãos no jogo, esse novo recurso oferece bastante praticidade, pois não é preciso dar interromper a jogatina para marcar um objetivo no mapa ou mesmo para traçar um caminho até determinado lugar. Além disso, em The Phantom Pain será possível inclusive avançar em alguns elementos de jogo por meio do tablet ou smartphone quando você não está perto do console.
Novidades de jogabilidade: presente!
É claro que um novo passo não seria dado na série Metal Gear Solid sem que novidades estivessem presentes, inclusive no quesito jogabilidade. Algumas características da franquia foram repensadas aqui e novos recursos tornam a jogatina mais fluida ou ainda mais desafiadora.
Divulgação/Konami
A parte da fluidez fica garantida pelo sistema de escolha de armas: basta pressionar um dos botões direcionais para selecionar uma pistola, uma metralhadora ou ainda para derrubar o equipamento pelo caminho. Além disso, qualquer arma que você encontra pelo cenário pode ser equipada na hora, o que também agiliza muito as coisas dentro do jogo.

Os desafios advindos da jogabilidade também estão aqui. Por exemplo, agora, quando você se esconde, não vai mais ver uma porcentagem exata indicando o quanto escondido Snake está. Então é preciso usar de bom senso quando for se camuflar e tentar dificultar o máximo a vida de quem pode encontrá-lo.
Mais furtivo do que nunca

O radar de Snake funciona com um detector 360°, capaz de indicar um inimigo se aproximando de todas as direções. Assim, aos poucos, um ponto colorido vai se tornando cada vez mais opaco conforme a ação do adversário vai se tornando mais suspeita.

A tradicional contagem regressiva, que mostrava o quanto os inimigos ainda permaneciam em alerta quando a sua presença era descoberta, foi abandonada. Em MGS 5, será preciso ficar atento às conversas de rádio e ter uma percepção apurada para saber se já é o momento de sair da toca.
Divulgação/Konami
Há ainda outro recurso interessante nesse aspecto, que é a possibilidade de resolver um problema com o guarda que viu você antes de ele avisar os seus pares. Caso esteja com a pistola carregada, você pode mandar bala de forma bastante ágil para cima do inimigo assim que ele nota a sua presença, evitando maiores confusões.

Ataques corporais furtivos também estão de volta em MGS, e quando você se aproxima de um adversário sem que ele repare, um botão aparece na tela para a realização de um golpe discreto. É possível agarrar o inimigo e arrastá-lo para fora da vista de outros guardas para, então, realizar uma destas três ações: interrogar, nocautear ou dar cabo de sua vida.
Sobre rodas

Uma das grandes novidades adicionadas à franquia em Ground Zeroes é a possibilidade de usar veículos para fugir rapidamente dos adversários ou também para destruí-los. Obviamente, utilizar veículos motorizados faz barulho, o que pode chamar a atenção de guardas, não sendo a saída mais aconselhável para momentos de anonimato.

Porém, roubar um tanque de guerra, relata a GameInformer, pode ser uma saída excelente para se livrar de personagens que querem matar Snake. Em suma, se bem utilizada, a função de roubar veículos amplia consideravelmente as possibilidades de jogo em Metal Gear Solid 5.
Missões exclusivas para cada console
Outra novidade revelada pela revista que entrevistou Kojima e pôde jogar a primeira parte do novo MGS é a existência de conteúdos exclusivos para as plataformas da Sony e da Microsoft. Se você joga no PS3 ou no PS4, pode destravar a missão Déjà Vu, que transforma a Camp Omega em um tributo à base Shadow Moses, de Metal Gear Solid.
Divulgação/Konami

Já aqueles que se aventurarem em um Xbox 360 ou Xbox One, poderão jogar como Raiden em uma missão chamada Jamais Vu, na qual o ninja cibernético deverá destroçar vilões do game Snatcher, também desenvolvido por Kojima.
Poucas diferenças
A questão que fica após um breve contato com Ground Zeroes é saber quais as diferenças entre este jogo e a história principal. Kojima garante que The Phantom Pain é maior do que o prólogo, mas que as questões de jogabilidade são pouco alteradas.
“Os controles básicos não mudam. Haverá mais coisas que você estará apto a fazer, mas a forma como o jogo se apresenta muda bem pouco”, conta o produtor. À GameInformer, o diretor do game garante que a história principal é “aproximadamente 200 vezes maior do que Ground Zeroes”.
Divulgação/Konami

Em alguns pontos, a jogatina do prólogo vai refletir em The Phantom Pain, especialmente na questão do resgate de prisioneiros em Camp Omega. “Se você resgata mais reféns em Ground Zeroes, isso vai refletir em The Phantom Pain”, diz ele. “Não posso dar muitos detalhes, mas haverá diversas vantagens e bônus que as pessoas que jogarem Ground Zeroes poderão conseguir em The Phantom Pain”, finaliza.

Kojima avisa ainda, a título de “exemplo extremo”, que gamers que jogarem o prólogo terão acesso a vantagens não disponíveis para quem não jogar a primeira parte de Metal Gear Solid 5.

Metal Gear Solid: Ground Zerous chega em 18 de março para PlayStation 3, Xbox 360, PlayStation 4 e Xbox One. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain chega em alguma data ainda não definida de 2014 com versões para as mesmas plataformas.

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