Qualquer jogador de Metal Gear — seja ou não um fã com tapa-olho — já deve ter se perguntado em algum momento: “Afinal, de onde vem essa fixação do Kojima com cobras?”. Bem, além das explicações freudianas e/ou das piadinhas impublicáveis aqui, há, de fato, um motivo para a escolha dos nomes derivados de “Snake” (cobra, em inglês), conforme o próprio criador explicou.
Conforme disse Hideo Kojima via Twitter — enquanto manifestava o desejo de levar Metal Gear Solid 5: Ground Zeroes para o PC —, “a razão pela qual eu usei Snake como um codinome em Metal Gear é que a cobra é um símbolo apropriado de uma criatura viva que esconde a própria presença e se infiltra sem fazer barulho”, disse o desenvolvedor, provavelmente frustrando quem acredita na influência de “Fuga de Nova York”.
E aí, talvez, venha outra pergunta: “Por que não uma espécie de cobra em particular?”. Para Kojima, porque o nome genérico — “cobra”, simplesmente — ajuda a reforçar o fato de você estar no comando. “A razão pela qual eu optei por não utilizar nomes específicos de cobra, como Anaconda ou Víbora, é que o protagonista é o jogador.”
Solid e os vários clones
Já o “Solid”, ele diz, é para dar a ideia de “algo oposto à impressão de macio”. Isso também explica — ao estilo Kojima — o porquê de Metal Gear ter cobras por todos os lados. “É algo como a cobra que consegue superar a cobra. Então, eu pensei em um clone. A batalha entre o sólido e o líquido. Isso foi Metal Gear Solid.”
Kojima afirma, inclusive, que pensou em um Snake “gasoso” — espécie de consequência inevitável na dança dos estados da matéria. “Obviamente, o próximo seria um ‘gás’, mas Gas Snake seria um humano feito de gás, e esse não seria um nome legal.” Dessa forma, a escolha foi o termo solidus, que se refere a um ponto limite entre o sólido e o líquido. Bem, o resto, como dizem, é história.
Fonte: BJ
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